Jornal A Voz da Cidade - 24/01/2012 - Caderno Variedades (capa)

O talento está de volta

Fotos: Divulgação


Franciele Aleixo

Depois de passar quase um ano evitando a mídia, o ator e diretor de teatro voltaredondense, Rodrigo Hallvys, volta a dar o ar da graça, e com novidades. Desde o VII Festival de Teatro do Estudarte, em dezembro de 2010, Hallvys vinha se mantendo em silêncio e procurando se afastar da própria carreira artística para descansar e reavaliar tudo que já havia feito. “Queria meditar.

Considero necessário ficar em silêncio para ouvir o que a própria vida tem a dizer. Estava trabalhando em demasia e acabei adoecendo. Meu cabelo caiu e emagreci onze quilos em três semanas em 2009 por causa do excesso de trabalho e decidi que, quando concluísse a faculdade, eu jogaria tudo para o alto” – explica, com alívio e certeza de que fez o certo.

Rodrigo queria ter uma vida comum. “Via as pessoas se divertindo e eu só me dedicando, de domingo a domingo, à carreira. Não tenho do que reclamar porque meu trabalho só cresceu. Mas no fundo eu queria trabalhar só de segunda à sexta, em horário comercial. Chegar em casa sem ficar ligado o tempo todo no trabalho. Curti viver isso. Me fez bem”, aponta o ator.

Segundo Hallvys, o Estudarte funcionou e cresceu de forma que ele mesmo não esperava. Porém, o grupo se desfez com sua saída, fato o qual ele mesmo lamenta. “Ensinei tudo o que pude para cada integrante que passou pelo grupo. Procurei prepará-los para serem independentes em seus trabalhos. Mas gostaria que eles tivessem se mantido unidos como antes. Infelizmente não ocorreu assim. As coisas acontecem como devem acontecer”, acredita.

Rodrigo voltou a morar no Rio de Janeiro (sonho que acalentava há anos), se livrou do estresse e transparece mais tranquilidade, demonstrando-se mais espirituoso e calmo. O tempo que ele passou longe do meio artístico, trabalhou com área administrativa e de logística, decidindo deixa-la em setembro. “Olha como são as coisas: Eu defini deixar a logística em um dia. No dia seguinte me ligaram para começar a gravar algumas aparições. Foi interessante. Acho que Deus quer mesmo que eu me mantenha na arte. Ele deve gostar dessa minha vontade de levar informação e reflexão às pessoas”, diz Rodrigo.

Quanto às aparições, ocorreram na novela ‘Fina Estampa’, da Rede Globo. Rodrigo chamou atenção em plena briga de Quinzé (Malvino Salvador) e Teodora (Carolina Dieckmann). “Não era nada de importante e não altera meu currículo. As pessoas comentaram comigo que meu cabelo chamou muita atenção, daí repararam que era eu. Mas já cortei o cabelão e foi gostoso reviver essa coisa de vídeo. Ver tanta gente trabalhando com empenho é bacana. Há uma ideia de que televisão não tem qualidade. Em alguns produtos talvez seja verdade. Mas neste eu vi uma equipe inteira empenhada e centrada que deixa qualquer profissional contente. Gostei muito do que vi e valeu enquanto durou”, comenta, deixando claro que não há previsão de novas aparições.

Hallvys está se dedicando a dois textos que começará a trabalhar em 2012, e andou preparando alguns atores para festivais que ocorreram no Rio. O resultado foi indicações de Melhor atriz, Melhor ator, Melhor direção e Melhor espetáculo. Conquistando duas das categorias. “Fiz só com a vontade de participar. Para ajuda-los por amizade. Quando nos tocamos, estávamos aos prantos diante do público recebendo as indicações e prêmios. Fiquei orgulhoso de cada um deles e, de repente, percebi que meu trabalho ainda é funcional”, diz satisfeito.

Para completar, o ator ganhou uma página no facebook; está no vídeo experimental de ‘O Sócio’ (junto com Darilia Oliveira); uma cena do filme ‘Entre Santos’ no youtube, e teve seu website todo atualizado, com novas fotos e os tais vídeos.

Quem tiver interesse, é só acessar a internet: www.rodrigohallvys.com.br


Jornal Diário do Vale - 29/08/2012 - Coluna Social Mário Sergio

Fotos: Divulgação/Daniela Ribeiro

Zig-zag

*O ator e diretor de teatro, Rodrigo Hallvys esteve participando do último ensaio aberto da turnê 'Se Liga em Mim' da ex-integrante do trio As Sublimes, Flávia Santana.

*Aliás, a música "Se me quiser, mas sem bronquear" tocando nas rádios de São Paulo.

*Rodrigo, que é fã declarado da cantora desde quando ela participou do grupo vocal feminino, era só paparico com a cantora.

*Nos próximos dias o CD da Flávia Santana, estará chegando às lojas.

*Quem desejar pode curtir o som através do seu site: www.flaviasantana.net


Tablóide Fluminense - 30/08/2012

Rodrigo Hallvys promove reencontro
do grupo "As Sublimes"

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Por: Pietro Schimith

Rodrigo Hallvys inaugura produtora com novos projetos e sucesso; promove encontro com o grupo As Sublimes e propõe abertura e parceria com outros profissionais de peso no mercado artístico. Na entrevista abaixo você irá saber os detalhes destas novidades e conhecer um pouco mais sobre o ator voltaredondense, diretor de teatro e agora também empresário, que é sempre notícia no meio artístico do Sul Fluminense.


TF: Quando surgiu a ideia da RH Soluções Artísticas?
Rodrigo Hallvys: Surgiu em 2002, quando fui morar em Volta Redonda novamente. O início da minha carreira foi sem apoio e cresci vendo as dificuldades de recursos humanos, artísticos e culturais para a nossa área na cidade onde nasci. Isso me doía e continua doendo, porque foi ficando cada vez mais notória a dificuldade. Não queria montar produtora para fazer puro entretenimento. Queria fazer algo que contivesse arte genuína e pudesse gerar capital, formação, oportunidade, reflexões...

TF: Saiu de Volta Redonda aborrecido com isso?
Rodrigo Hallvys: Não exatamente. Meu aborrecimento foi por ver a falta de respeito e estrutura para com os artistas, com nosso campo de trabalho. Quando nós escolhemos uma profissão, entendemos que é para sobreviver dela, não para vivermos de migalhas nem termos que implorar para receber nossos pagamentos. Estamos em um mundo capitalista e que precisamos de dinheiro para sobreviver. Não era questão com as empresas que me patrocinavam, mas sim, com determinadas figuras que não me pagaram até hoje. E é dinheiro considerável neste montante, inclusive atingiu minha pós-graduação.

TF: Picaretagem?
Rodrigo Hallvys: Se eu resolver abrir a minha boca junto com outros artistas que também estão pensando em falar... vamos mexer com estruturas e quem está devendo vai ficar em situação muito complicada. Acho que está na hora de pensarem bem.

TF: Quer falar sobre?
Rodrigo Hallvys: Ainda não é o momento. Quem sabe daqui uns dias, se a minha paciência conseguir acabar por continuarem enrolando para pagar a mim e aos outros, né?


Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues

Karla Prietto, Isabel Fillardis, Rodrigo Hallvys, Flávia Santana e Lilian Valeska

TF: E sobre As Sublimes?
Rodrigo Hallvys: Sou fã delas desde meus 12 anos. Ou seja, são 19 anos envolvido nesta história. Com o tempo me tornei amigo de todas elas, inclusive de suas famílias. Dão atenção, carinho e aconchego. O respeito é recíproco. Sabem que eu sou fã, mas não ficam de estrelismo, assim fico cada vez mais fã.

TF: Mas como aconteceu de se tornar fã?
Rodrigo Hallvys: Assisti o primeiro videoclipe delas no ‘Fantástico’, da Globo, em 1993. Achei lindas e com música no estilo que eu gosto. Três negras brasileiras cantando soul music. Pensei: “Aquela moça de trança parece com a mulher da novela”. Descobri, dias depois, que realmente era a Isabel Fillardis ao lado da Karla Prietto e da Lilian Valeska. Em poucas semanas vi como a presença das Sublimes mexeu com a estrutura da sociedade. Antes não víamos grupos de mulheres negras na mídia com tanta força. Isso quebrou um tabu, mostrando que negro não é só consumidor, mas pode vender. E vender com qualidade! Elas propuseram música com bom vocalize e estética, levantando a estima das meninas afrodescendentes, que se viram representadas. E eu via a rapaziada passando a valorizar mais as meninas negras. Gosto desta questão igualitária. Então fiquei ainda mais fã. Depois entrou a Flávia Santana no lugar da Isabel e lançaram o segundo disco do trio, trazendo um soul music ainda mais forte.

TF: Como elas estão atualmente?
Rodrigo Hallvys: Isabel Fillardis é atriz da Globo e tem duas Ong’s (‘A Força do bem’ e ‘Doe Seu Lixo’). Lilian Valeska é uma das atrizes mais requisitadas para espetáculos musicais no país e está no elenco de ‘Tim Maia – Vale Tudo’. Karla Prietto canta com o grupo ‘Revelação’ e Flávia Santanta está lançando o disco solo, que está incrível, com todas as faixas impecáveis! O cd chega às lojas nos próximos dias.

TF: E como surgiu este encontro?
Rodrigo Hallvys: O encontro ocorreu para gravarmos um vídeo de agradecimento aos fãs que fizeram a campanha ‘Volte Sublimes’ no youtube. É bacana ver que outras pessoas que se sentem órfãs não deixam a história se perder no tempo. Então falei com elas e passamos quase dois meses tentando coincidir todas as agendas. Fizeram tudo com o maior carinho.

TF: Emocionante?
Rodrigo Hallvys: Muito. Chorei mesmo (risos). Eu ficava imaginando a reação da galera ao ver o vídeo. E passava um filme na minha cabeça. Lembrando de quando eu era apenas um moleque e tanto tempo depois isso tudo acontecendo.

TF: E essa situação com ‘Cheias de Charme’? Na novela surgiu uma campanha pelas Empreguetes.
Rodrigo Hallvys:Isso é muito bacana. Acredito que os autores não sabiam que há alguns meses começou a campanha pela volta das Sublimes. É uma coincidência gostosa, saudável. São coisas parecidas acontecendo na realidade e na ficção. Abri um sorrisão e soltei uma gargalhada quando fiquei sabendo.

TF: E as Sublimes? Voltam?
Rodrigo Hallvys: Seria uma alegria, né? Imagina a black music com grupo feminino voltando às paradas de sucesso?

TF: Pelo visto você é desses fãs que juntam material e tudo...
Rodrigo Hallvys: Sim. Todo o material que consigo escanear eu publico no site do FanClub. Quem quiser visitar é só entrar em www.geocities.ws/sublimes

TF: Voltando a sua produtora. Como funciona?
Rodrigo Hallvys:Trabalhamos com várias atividades: Capacitação e oficina de atores, palestras, congressos, exposições, festas, shows, book’s e videobook’s, produção de espetáculos e casting.

TF: E suas parcerias?
Rodrigo Hallvys: O Alexander Rodrigues é cineasta, produtor de casting e fotógrafo. Conhecido e muito bem visto no mercado de trabalho. Diego Machado é publicitário, pedagogo e estudante em administração. Vânia Alves também trabalha no setor administrativo/contábil. E a nova parceria é a Thais de Campos, atriz altamente renomada e que, além de parceira, está me dando mais oportunidade de reflexão sobre o mercado de trabalho.

TF: Trabalham no Rio?
Rodrigo Hallvys: Também. Já estamos prestando serviço para outros Estados. Só acho que não vou sossegar enquanto eu não conseguir fazer algo em Volta Redonda. É a cidade que eu nasci e, embora eu tenha um ritmo diferente, há vários artistas que eu quero ajudar. Não é apenas uma situação profissional. É pessoal também! Porque sou voltarredondense e tenho vários amigos que são artistas muito bons e precisam de oportunidade. E já que, quem deveria montar estrutura para gerar empregos em arte genuína não o faz, pretendo ajudar no que estiver em meu alcance.

TF: Você não vai citar quem?
Rodrigo Hallvys: Artistas ou quem deveria gerar?

TF: Quem deveria gerar...
Rodrigo Hallvys:Não. O melhor da ética é ser semiótico. Não preciso jogar no ventilador, cada um sabe de sua verdadeira competência.

TF: Um recado para os leitores do Tabloide Fluminense.
Rodrigo Hallvys: Primeiro, eu quero agradecer o carinho que sempre recebo. É muito bom mesmo saber que tem gente torcendo por mim. Segundo, eu deixo algo: Pensem em que vocês querem para tudo que está à volta de vocês nos próximos anos. Ponham objetivos e pensem no coletivo. Procurem contribuir para o desenvolvimento das coisas. Respeitem e sempre, mas sempre mesmo, absorvam mais conhecimento, pois este não ocupa espaço.

Video do agradecimento das Sublimes está no link http://www.youtube.com/watch?v=1xz7Tm86Q48


JN Imagem - 31/08/2012

Momento Sublime
Dezenove anos de história marcados em um só dia.
Assim se define o dia 29 de agosto de 2012, que reuniu as cantoras que
fizeram parte do grupo musical ‘As Sublimes’.

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues

Jorge Nascimento

O JN Imagem publicou recentemente uma matéria sobre a campanha feita pelos fãs, intitulada de ‘Volte Sublimes’, no youtube. Este foi o grande motivo para que elas paralisassem suas atuais agendas para se encontrarem e gravarem um vídeo de agradecimento a todos pelo carinho.

-É muito bom ver que as pessoas não estão deixando a história se acabar. Isso tudo significa muito para mim – diz, em meio às lágrimas, Flávia Santana, que substituiu Isabel Fillardis no segundo cd do grupo e que está lançando seu cd solo, a chegar em 15 dias às lojas.

Fillardis completa: “Saí do grupo porque não conseguia conciliar meus trabalhos. Foi uma decisão difícil, porque As Sublimes foi uma escola para mim. Eu aprendi muita coisa que carrego comigo. Abriu muitas portas. É um carinho muito grande”, comenta ela, que encerrou a novela ‘Fina Estampa’ recentemente e é dona de duas Ong’s: ‘Doe Seu Lixo’ e ‘A Força do Bem’.

Lílian Valeska, que é uma das atrizes mais requisitadas para musicais no Brasil e está em turnê com o espetáculo ‘Tim Maia – Vale Tudo’, explica a importância. “Acho que ser uma das Sublimes é algo de grande importância para quem participou do grupo. Aprendemos umas com as outras. Nos tornamos famílias. Amigas que viraram irmãs. Hoje há uma abertura melhor no mercado, mas na época foi uma coisa meio pioneira no Brasil. Já existia nos Estados Unidos, mas aqui ainda não. Cantar em um trio vocal é muito bacana. Foi uma delícia.”

Karla Prietto, atualmente no grupo ‘Revelação’, agradece o carinho dos fãs:

-É de uma elegância tão grande essa postura dos fãs. Estamos felizes com isso. Foi uma responsabilidade muito grande participar das Sublimes. Somos amigas até hoje e quero parabenizar aos fãs, agradecer esse carinho todo. – destaca.

O reencontro ocorreu no Felice Caffé, de Ipanema. Lugar escolhido por Rodrigo Hallvys, do FanClub Oficial, e tudo foi fotografado por Alexander Rodrigues, fotógrafo e cineasta que faz equipe com Rodrigo na produtora RH Soluções Artísticas.

Para deixar o momento ainda mais contagioso, uma coincidência: Três meses após os fãs iniciarem a campanha pedindo o retorno das Sublimes, a novela ‘Cheias de Charme’ colocou em seu decorrer o rompimento e uma campanha para a volta das Empreguetes.

-É uma coincidência muito saudável. Estamos vendo na televisão algo similar ao que os fãs estão fazendo na vida real. É de um prazer muito grande. Dá gosto de ver. Aproveito para agradecer à JN IMAGEM por ter acompanhado a campanha desde o início. Um abração para todos os seus leitores e sua equipe – comenta Rodrigo Hallvys, fã das Sublimes.


Site O Cabide Fala - 31/08/2012

O que fãs unidos não fazem...

Rodrigo Ferraz

Pode não ter tido nenhuma inspiração, mais que foi muita coincidência foi! Na semana em que as Empreguetes ganharam uma campanha pra voltarem a ser um grupo, depois de uma maciça campanha os fãs das antológicas Sublimes ganharam um presente!

Mas peraí, você não sabe quem são elas??



No começo dos anos 90, bem antes de Rouge, Spice Girls ou qualquer girl band surgiu no Brasil uma adaptação do consagrado grupo feminino The Supremes! Mas as nossas meninas que viraram Sublimes, honraram o nome! Isabel Fillardis, Karla Prietto e Lilian Valeska formavam o trio, Isabel preferiu focar na carreira de atriz, então foi substituída por Flavia Santana!! Um fenômeno pop que além de cantar muito, também chamava atenção por serem meninas lindas e negras, num país ainda racista aquilo causava, digo mais, causa...


Lilian Valeska, Isabel Fillardis, Flávia Santana e Karla Prietto

Não é a toa que os fãs do grupo se uniram e fizeram um movimento pela volta! E nada melhor que Rodrigo Hallvys, um dos mais ardorosos fãs pra convencê-las. Alem de sua vontade ele mostrou o depoimento dos fãs, que nem esse que vos escreve, abaixo você vê o meu, e o link pra ver outros...



Outros depoimentos: Clique Aqui

Rodrigo então reuniu as bonecas de fogo num encontro emocionante, regado a saudades e musica boa que você pode conferir no vídeo no fim do post. E se a arte continuar imitando a vida, os fãs das Empreguetes demonstrarão tanto carinho que deixarão as protagonistas sensibilizadas também na trama das 19h... Agora é torcer que elas voltem! E as Empreguetes também!!


Fotos: Alexander Rodrigues / RH Soluções Artísticas

Jornal A Voz da Cidade - 01/09/2012 - Caderno Variedades (capa)

Realização de um sonho sublime

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Franciele Aleixo

A sensação de ver seu projeto realizado satisfaz qualquer pessoa e profissional que tem sonhos. Com Rodrigo Hallvys não poderia ser diferente. O ator e diretor voltarredondense está residindo novamente no Rio de Janeiro há pouco mais de um ano e meio e, depois de passar alguns meses se dedicando a área de logística administrativa em 2011, retorna ao meio artístico proporcionando oportunidade para outros artistas também.

Sua recém-inaugurada empresa, RH Soluções Artísticas, trabalha com várias atividades na área artística e de produção, levantando mais oportunidades de trabalho para as pessoas. “Tive vontade de fazer isso em Volta Redonda, mas por vários motivos estava inviável. A forma de investimento em eventos e publicidade no Rio de Janeiro gera outro ritmo de produção”, explica.

Alexander Rodrigues, cineasta e fotógrafo conceituado no mercado, dá ritmo de produção e casting na empresa, enquanto Hallvys prepara elenco e trabalha com o setor administrativo. “Trabalhar com essa pessoa chamada Rodrigo Hallvys, além de ser um prazer, é uma honra ter como parceiro esse grande profissional que não mede esforços para realizar todas as nossas produções com qualidade e excelência”, destaca Alexander.

A RH Soluções Artísticas foi inaugurada com quatro projetos de casting, encomendado por diferentes empresas no Rio e em Minas Gerais. Além de promover o encontro das ex-integrantes do grupo ‘As Sublimes’ (Isabel Fillardis, Karla Prietto, Lílian Valeska e Flávia Santana) no fim de agosto. Evento esse que foi marcado por muita emoção. Rodrigo é fã do grupo desde seu lançamento e conseguiu agendar com todas elas, que estão em trabalhos distintos atualmente, para fazer o encontro que comemorou os 20 anos da primeira apresentação do grupo, ocorrida no Hollywood Rock ’92, abrindo o show de Frejat.

Um ano depois, As Sublimes lançaram seu primeiro disco, estourando nas paradas de momento com o hit soul ‘Boneca de Fogo’ (com videoclipe lançado pelo programa ‘Fantático’ da Rede Globo), emplacando também outras músicas como ‘Tyson Free’, ‘Stop’, ‘A Última Ilusão’ e ‘Menina Mulher da Pele Preta’. Esta última teve clipe premiado nos Estados Unidos em 1994.

Com a saída de Isabel em 1995, entra Flávia Santana que, ao lado de Karla Prietto e Lílian Valeska, gravou o segundo disco do grupo em 1997, emplacando outras faixas, como ‘Eu Queria Um Amor’, versão de ‘My Cherie Amour’ de Stevie Wonder.

Rodrigo criou o site do FanClub e disponibilizou toda sua coleção de fotos para os outros fãs. Após Hallvys publicar o raríssimo vídeo-release do grupo (de 1993) no youtube, os fãs criaram uma campanha intitulada de ‘Volte Sublimes’ e, o encontro delas ocorreu para fazerem um vídeo de agradecimento a todos que mantém a história viva. “Vários artistas foram atingidos com os problemas que as gravadoras começaram a passar a partir de meados dos anos 90”, lamenta Rodrigo, que foi coberto de atenção pelas cantoras.

“Foi um mês e meio até conseguirmos coincidir a agenda de todas para esse encontro. É muito bom ser artista e e fã ao mesmo tempo, assim entendo os dois lados. Elas sempre foram especiais comigo. Não tem como, são sublimes sempre. Espero que os outros fãs fiquem felizes com o vídeo que fizemos de presente para eles”, completa.

Atualmente Isabel Fillardis continua como atriz da Rede Globo de Televisão. Lílian Valeska é uma das atrizes mais requisitadas para espetáculos musicais do Brasil e integra o elenco de ‘Tim Maia – Vale Tudo’. Karla Prietto canta no grupo ‘Revelação’. Flávia Santana está lançando seu disco ‘Se Liga em Mim’ com participação de Frejat na faixa ‘Se me quiser, mas sem bronquear’, nas rádios de SP (e CD chegando às lojas nos próximos dias).

Para a surpresa de todos, a novela ‘Cheias de Charme’ começou nesta semana uma campanha pela volta das Empreguetes, algo similar com o que está acontecendo com os fãs das Sublimes há três meses. “Eu disparei a rir. A novela também começou a trabalhar esta vertente. Infelizmente não tenho contato com os autores, mas achei bacana essa coincidência. Dou apoio lá também”, diverte-se.

Outra parceria para a RH Soluções Artísticas é a famosa atriz e preparadora de elenco Thais de Campos, proprietária de um dos cursos mais procurados para preparação de atores em vídeo. “Iríamos apenas prestar serviços para ela. Mas as ideias foram tão boas que acabamos por fazer parcerias”, comenta.

O site da empresa ainda está em elaboração, enquanto isso os sites do ator, do fanclub Sublimes e das cantoras podem ser visitados:
www.rodrigohallvys.com.br
www.geocities.ws/sublimes
www.flaviasantana.net
www.portalisabelfillardis.com.br


Revista Afro - 02/09/2012 - Música

Isabel Fillardis se reúne com As Sublimes

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Angelo Freitas

Na última quarta-feira (29) as cantoras Isabel Fillardis, Karla Prietto, Lílian Valeska e Flávia Santana, que fizeram parte do grupo ‘As Sublimes’, se reuniram com Rodrigo Hallvys no Felice Caffe de Ipanema (Rio), para gravar um vídeo de agradecimento aos fãs pela campanha ‘Volte Sublimes’.

Com alegria e emoção, o encontro marca os 20 anos da primeira apresentação do grupo, que ocorreu como abertura do show de Frejat e sua Midnight Blues Band, no Hollywood Rock 92; um ano antes das moças lançarem seu primeiro disco, que teve músicas como ‘Boneca de Fogo’, ‘Menina Mulher da Pele Preta’ e ‘Tyson Free’ nas paradas de sucesso.

A ideia da campanha foi gerada após um fã compartilhar o vídeo-release de lançamento do grupo, feito em 1993, no youtube. A iniciativa começou a unir fãs espalhados pelo país e as cantoras se encontraram para fazer um vídeo agradecendo o carinho.

-Ser uma das sublimes foi de grande importância para todas nós. Somos amigas que viraram irmãs com algo pioneiro no Brasil. E temos que agradecer aos fãs por esse carinho todo. – diz Lílian Valeska, que é um dos grandes destaques de ‘Tim Maia – O Musical’.

Karla Prietto, atualmente integrante do grupo Revelação, comenta que considera de grande elegância todo esse movimento que está havendo. “Somos amigas até hoje. Cada uma está em um trabalho e é tão gostoso e elegante ver esse comportamento. Agradeço e desejo muito sucesso para todos que sempre nos apoiaram.

Já Flávia Santana, que substituiu Isabel Fillardis no segundo disco do grupo e está lançando seu cd solo atualmente, fala da importância que foi fazer parte das Sublimes. “Foi um divisor de águas em minha vida. Eu tinha 17 anos quando entrei para o grupo. Foi onde aprendi a ser profissional, mulher, artista… só tenho a agradecer tudo o que aprendi com elas“ –diz, em meio às lágrimas.

-Comecei a não conseguir conciliar as profissões e precisei tomar a difícil decisão de deixar o grupo. Mas foi uma escola. Se hoje atuo em musicais no teatro, eu devo isso às Sublimes. A tudo que aprendi durante o tempo de grupo. Até hoje pessoas me param na rua e perguntam se não à possibilidade de voltar. Quem sabe, né? Não sei. Só sei que a gratidão que temos para com os fãs é enorme – comenta Isabel Fillardis.

Para surpresa e alegria dos fãs, a novela ‘Cheias de Charme’ exibiu nesta semana uma ideia semelhante: uma campanha para o retorno das Empreguetes.

-É uma coincidência saudável, gostosa de ver. A campanha pelas Sublimes começou há três meses e agora, na ficção, está acontecendo algo parecido. Gostaria de agradecer aos autores da novela, pois aumentou ainda mais a alegria dos fãs das Sublimes, também. – diverte-se Rodrigo Hallvys, fã das Sublimes.

O site do fanclub está recheado de vídeos, informações e fotos de coleção. Quem quiser acessar: www.geocities.ws/sublimes

Site Ego - 04/09/2012

Bonecas de Fogo
Isabel Fillardis se reúne com As Sublimes

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Em clima de nostalgia, Isabel Fillardis se encontrou com Karla Prietto, Lílian Valeska e Flávia Santana, que fizeram parte do grupo "As Sublimes", e gravaram um vídeo para agradecer os fãs pela campanha que apoia a volta do grupo. No encontro, que aconteceu na última semana no Rio de Janeiro, as meninas colocaram o papo em dia e lembraram a primeira vez que subiram ao palco, abrindo um show de Frejat e sua Midnight Blues Band, no Hollywood Rock 92, há 20 anos.

Rolling Soul - 04/09/2012

Reunião sublime
Veterana girlband brasileira se reencontra

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Quem curtiu/curte as músicas "Boneca de Fogo", "Menina Mulher da Pele Preta", "Tyson Free" e tantas outras do repertório do grupo As Sublimes???

Pois o grupo que foi sensação no início dos anos 90 com esses hits se reencontrou. As meninas do grupo "As Sublimes" reuniram a formação original (Lillian, Karla e Isabel Fillardis) e a segunda formação do grupo (Lillian, Karla e Flávia) em um encontro cheio de nostalgia e saudosismo.



O encontro aconteceu semana passada no Rio de Janeiro, com o fã Rodrigo Hallvys. Aproveitando a oportunidade elas fizeram um vídeo agradecendo aos fãs e todos que integraram a campanha "Volte Sublimes". Assistam aqui ao vídeo, onde elas ainda deram uma canja de duas músicas:


Seria lindo se elas retornassem com um álbum novo, enquanto isso não acontece vamos ver dois video clipes marcantes na carreira de uma das poucas Girlbands do nosso país:




Site Quem Acontece - 07/09/2012

Isabel Fillardis sobre
possível volta de As Sublimes: "Só o tempo dirá"
A atriz, no entanto, não descartou um "revival"

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Por Thyago Furtado

Isabel Fillardis, que está longe das telinhas desde o começo de 2012, quando interpretou a Dra. Mônica, em "Fina Estampa", pode reviver um momento feliz em sua carreira - quando era do grupo As Sublimes, bem sucedido na época dos anos 90. Ao ser questionada sobre a possibilidade de um retorno, a atriz fez mistério, mas não descartou uma reunião. "Só o tempo dirá".

"Até hoje as pessoas perguntam se vamos voltar. Quem sabe, né? Cada uma está em um trabalho distinto. Lilian Valeska é a rainha do teatro. Emendando um espetáculo no outro e super requisitada para musicais. Karla Prietto continua cantando com o Revelação, viajando sempre. Flávia Santana está com cd em carreira solo. Vamos deixar o universo nos ajudar a decidir. Mas nada impede de pensarmos em um “revival”, disse.



Recentemente, as cantoras que fizeram parte do grupo se reuniram para realizar um vídeo de agradecimento aos fãs, que iniciaram há quase quatro meses a campanha ‘Volte Sublimes’, pela internet.


Site Posso Contar Contigo? - 08/09/2012

Seria a volta do 'As Sublimes'?!

Fotos: Divulgação/Alexander Rodrigues


Por Isaac Abda

Em maio, o ‘Posso Contar Contigo?’ publicou uma matéria sobre a campanha ‘Volte Sublimes’, falando da história do grupo que marcou uma época, quebrando paradigmas e abrindo espaço para a Black Music com vozes femininas no Brasil.

Na semana passada Isabel Fillardis, Karla Prietto, Lilian Valeska e Flávia Santana (ex-integrante do grupo) se reuniram com o ator Rodrigo Hallvys, presidente do FanClub oficial, para gravar um vídeo de agradecimento aos fãs que fizeram depoimentos e publicaram no youtube, pedindo por sua volta.
-É muito bom sentir que não sou órfão sozinho. A internet tornou-se uma aliada de peso, uma ferramenta que facilitou para encontrar vários fãs. Tanta gente com histórias bacanas passadas em plateia de shows, de lembranças das Sublimes na mídia. É gostoso ver e ouvir isso. Aproveito para agradecer ao ‘Posso Contar Contigo?’, por ter acompanhado a campanha desde o início. – comenta Rodrigo.



Isabel Fillardis fala de como foi ser uma das Sublimes. “Chegou um momento que tive que deixar o grupo porque não conseguia conciliar a agenda dos trabalhos. Foi uma decisão muito difícil para mim. Mas com elas eu aprendi muito. Se hoje em dia faço teatro musical é graças à escola que As Sublimes foram em minha vida. Até hoje pessoas me perguntam se a gente tem vontade de voltar. Quem sabe né? Quem sabe rola um revival? – comenta, a atriz.

-Considero essa campanha de suma elegância. Somos amigas até hoje, mesmo estando com dificuldades de nos encontrar. Mas não tinha como deixarmos de agradecer esse carinho, esse movimento que os fãs estão fazendo. Desejo tudo de bom a essa galera. – frisa, Karla Prietto, atualmente integrando o grupo Revelação.

Lilian Valeska, que é uma das atrizes mais requisitadas para musicais no teatro brasileiro e, está em turnê com ‘Tim Maia – Vale Tudo’, complementa. “Ser uma das Sublimes foi importante para todas nós. Não era só o prazer de trabalhar com o que amamos, que é música e arte. Mas de amigas nos tornamos irmãs. Aprendemos a timbrar juntas. Cantar em trio é muito bom” – ressalta.

Flávia Santana, substituta de Isabel Fillardis no segundo disco do grupo emociona-se ao falar. “Eu só tenho a agradecer. Eu ainda era quase uma adolescente quando entrei para o grupo. Aprendi a ser artista, aprendi a me maquiar, aprendi a ser humana com As Sublimes. Isso tudo é um presente muito importate”, em meio às lágrimas de felicidade por estar atravessando o momento do lançamento de seu primeiro disco solo, que estará nas lojas dentro de quinze dias.

Outra situação que causou alegria tem relação com a novela ‘Cheias de Charme’, há alguns dias a novela expôs a separação das Empreguetes e colocou uma campanha para elas retornarem.
-É uma coincidência muito saudável. A campanha ‘Volte Sublimes’ começou há quase quatro meses. Ver algo acontecendo na ficção de forma similar e da mesma forma que estamos fazendo é satisfatório. Espero poder ainda agradecer aos autores em nome do FanClub. - comenta Rodrigo.

E por falar em fanclub, o site está com mais materiais sobre As Sublimes. Incluindo vídeos de apresentações delas em programas de televisão e o vídeo de agradecimento aos fãs pela campanha (feito no encontro ocorrido).

Quem quiser visitar é só acessar: www.geocities.ws/sublimes


Tablóide Fluminense - 26/10/2012

Arte para inclusão
Semana Acadêmica de Pedagogia do UGB (Centro Universitário Geraldo Di Biase) traz Rodrigo Hallvys entre seus palestrantes. Campus de Volta Redonda recebeu sua palestra no dia 17 de outubro e Barra do Piraí receberá no dia 29.

Foto: Donizete
Arte gráfica: Júnior Ernesto



Pietro Schimith

TABLOIDE FLUMINENSE – Rodrigo, embora você trabalhe com Arte, você levanta a bandeira da formação na consciência das pessoas. Qual seria o seu “fio condutor” mais preciso?
RODRIGO HALLVYS – A própria Arte. Vejamos: arte é uma produção baseada em um contexto histórico e/ou cultural, onde o artista refletiu sobre algo, tomou apropriação de conhecimento em cima deste algo e produziu sua arte com intuito de causar uma discussão ou reflexão de seu ponto de vista sobre este mesmo algo.

TF – E isso é o que deixa claro o que é ou não é arte quando as pessoas forem avaliar a qualidade? A diferença entre arte e entretenimento?
RH – Em base é isso. Daí vem a avaliação da técnica e recursos utilizados para a produção daquela obra.

TF – Mas não é desta forma que se é ensinado o que é Arte nas escolas...
RH – Isso foi a minha discussão na monografia da minha graduação de Licenciatura em Artes.

TF – Como foi exatamente?
RH – O título foi “Ensino da Arte: Equívocos e discussões”. Ali eu discuti falhas que pesquisei em todos os patamares da Educação. Desde o PCN Artes – com uma entrevista que encontrei de Ana Mae Barbosa (a precursora do ensino da Arte no Brasil), passando pelo problema no Estado do Rio de Janeiro, a visão municipal de Volta Redonda, as posturas das gestões escolares, a formação do docente... até chegar na vida social do discente. O sistema inteiro apresenta falhas já por não conseguir deixar claro para a clientela o que é arte e os benefícios da mesma para a formação do ser humano. Temos um governo que não entende arte como desenvolvedora de conhecimento ativo e transformador. Ou, quando entende, fica com receio de não dar conta dos movimentos criados pela população.

TF – Como um educador pode contribuir nesta visão quanto à arte?

RH – Consumir e discutir arte. Deixar clara a função da arte e como ela é útil na formação das pessoas. Causar estímulos para que as pessoas consigam avaliar o que é arte e o que não é arte. Assim, com o tempo, contribuirá até para o público ficar mais exigente e começar a não aceitar consumir entretenimento vazio e sem qualidade.

TF – Medo?
RH – Talvez sim. Qual governo que não quer uma população enaltecendo-o? A população fica bajulando figuras políticas como se fossem muito especiais. Esquecem que estas figuras nada mais são do que funcionários públicos que foram eleitos apenas para fazer o trabalho de GERAR condições para a população. Não fazem nada mais do que suas obrigações quando são eleitas. E a população fica tratando como se fosse Deus fazendo milagres.

TF – E quanto a sua participação na “Semana Acadêmica de Pedagogia”? Como foi isso?
RH – Um convite que me deixou muito satisfeito. Eu me formei em 2010, e ainda lembram de mim depois deste tempo todo. Fico feliz porque isso demonstra o carinho que a instituição tem por meu trabalho. Fiz parte da primeira turma de Arte formada no UGB. Era uma turma com figuras de características muito próprias, pessoas com comportamentos muito marcantes. Então, se dentre todos, lembraram de mim, tenho que ficar feliz. Quando a coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia, Professora Luiza Angélica Paschoeto, me convidou, aceitei na hora. O tema precisa ser discutido e refletido.



TF – O tema é “Educação inclusiva”, certo?
RH – Sim.

TF – Qual a sua experiência?
RH – Eu passei alguns meses desenvolvendo técnicas de interpretação teatral com oito alunos surdos, no colégio Marcelo Drable, em Barra Mansa. Isso foi no segundo semestre de 2008. Saí dali com uma melhoria em mim mesmo. Ver a sensibilidade de pessoas que não tinham como ouvir e falar, mas que conseguem passar seus sentimentos em informações que não são sempre baseadas em Libras. Eles desenvolvem o olhar periférico de uma forma incrível simplesmente pelo fato de não terem audição completa como a nossa. Combinei que eu ensinaria Teatro a eles e, em troca, me ensinaram sua língua. O convite para este trabalho foi da professora Andrea Almeida.

TF – E como você discute a importância do ensino da Arte para a inclusão destas pessoas?
RH – Exatamente no ponto de vista que tenho quanto à Educação. Professor não pode ser um formador de opinião, mas sim, um estímulo para que o discente reflita e projete sua própria opinião quanto cada assunto. Dentro de sua própria vivencia e experiência. O docente e a gestão educacional precisam gerar oportunidades. Desenvolver e estimular um cidadão participativo e crítico a ponto de ele mesmo buscar e sugerir formas de transformação da sociedade.

TF – Tarefa difícil?
RH – Sim. Mas cada vez que um ex-aluno diz que lembrou de mim por algo que eu gerei e que refletiu, carregando para o resto de sua vida, sinto que eu consegui exercer a função não só de professor, mas também de artista.

TF – Em que sentido?
RH – Hoje em dia eu não dou aulas. Mas continuo trabalhando com reflexão através do meu trabalho. Se eu não fizer isso, vou deixar de fazer arte para fazer apenas um produto sem conteúdo.

TF – Mas você fazia como terapia?
RH – Não. Existe a Arte-terapia. É um outro seguimento importante para a inclusão, mas não era o meu formato. Inclusive tenho amigos que estão fazendo pós-graduação em Arte-terapia e estão elogiando o curso.

TF – E o que este assunto modificou em você?
RH – Como artista, me fez refletir mais sobre o comportamento humano. Como pessoa, me fez ser mais humano. E como professor, me deu gás para buscar propostas que dessem oportunidade a todos os meus alunos. Meu irmão, Diego Machado, disse em sua oratória de graduação “As leis são iguais para todos. Mas as pessoas são diferentes e devemos respeitá-las por isto”. E é assim mesmo que precisa funcionar.

TF – Qual seria o segredo?
RH – Entender o que é arte e respeitar o tempo de cada pessoa. Pessoas com necessidades especiais se esforçam para se adaptar ao mundo dos que se dizem “normais”. Mas estes últimos precisam também gerar condições para que as pessoas com necessidades estejam juntas. Ninguém quer se sentir excluído. É algo que dói, com toda certeza. Precisamos respeitar a subjetividade das pessoas. Aceitar suas limitações e buscar formas de superação.

TF – Alguém já achou estranho você pensar assim?
RH – Eu é que já estranhei algumas posturas. Já me falaram: “Mas eu não tenho ninguém assim na minha família”. E eu já penso logo: “Agora, né?". As pessoas precisam se preparar porque hoje alguém pode se acidentar, amanhã você poderá ter de lidar com esta realidade. Quanto mais preparo, menos sofrimento e mais inclusão. Não é para desesperar, é para respeitar e buscar formas de vivência plena.

TF – Quer deixar uma frase para os leitores?
RH – Primeiro quero deixar o convite para participarem da Semana Acadêmica. E o que eu deixaria de frase é algo dito por uma das professoras que eu tive na faculdade, Marilane Confort: "O que nos faz iguais é que somos todos diferentes”.


Jornal A Voz da Cidade - 26/10/2012 - Caderno Variedades (pág. 02)

Curso de Pedagogia organiza evento no UGB

Fotos: Divulgação


BARRA DO PIRAÍ

A partir dessa segunda-feira, o Centro Universitário Geraldo Di Biase (UGB) promove a Semana Acadêmica do Curso de Pedagogia. Dos dias 29 a 31 de outubro, o público poderá assistir palestras, debates e conhecer histórias de portadores de necessidades especiais e suas vitórias perante a sociedade, tudo gratuito, sempre a partir das 19 horas, no cinema do Campus da cidade. O evento teve sua fase em Volta Redonda há algumas semanas e teve um grande sucesso nas discussões e temas abordados, gerando elogios do público presente.

De acordo com a Coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia do UGB, Professora Luiza Angélica Paschoeto, a ideia desse encontro, é mostrar, discutir ferramentas e caminhos para que a inclusão seja sempre pensada e repensada como agregação de todo cidadão. “Sou professora há anos e vejo uma necessidade urgente de se pensar e buscar cada vez mais propostas que deem condições para que qualquer cidadão possa se inserir no campo social e de trabalho. É um desenvolvimento que toda pessoa precisa, um suporte que todos precisam ter ciência e buscar maneiras para nivelar oportunidades” explica a coordenadora.

Estarão presentes no evento, o Mestre Rafael Teixeira, que apresentará uma palestra sobre o uso das Tecnologias para a inclusão, o ator e diretor Rodrigo Hallvys, que irá falar sobre o Ensino da Arte como desenvolvedor de cidadania e agregador também para portadores de necessidades especiais. Haverá também uma mesa redonda com alunos e ex-alunos do UGB, contando suas histórias de vida, relatando suas realidades a cada passo conquistado.

Rodrigo Hallvys fala que o evento facilita para que o público possa contribuir com ideias e tirar dúvidas que possam surgir. “O mundo ainda não tem todas as respostas. Creio que aí é a oportunidade e o momento, pois cada pessoa tem uma dúvida e uma questão a pensar, além de contribuir no esclarecimento de outras dúvidas. É uma troca de ideias, de vivências. Há alguns anos dei aula para oito alunos surdos e aprendi com eles sobre isso. Quando nos importamos com a cidadania, começamos a enxergar e nos preocupar com o desenvolvimento intelectual e agregação de todas as pessoas na sociedade.” destacou Rodrigo.


Revista Mais Alegria - dezembro/2012 (capa)

A informação como segredo do bem cuidar
A cantora e atriz Lilian Valeska fala de sua trajetória junto à filha, Yvina,
para a superação da dificuldade auditiva

Fotos: Juliana Torres

A atriz e cantora Lilian Valeska, ex-integrante do trio 'As Sublimes' - do qual já participou a também cantora e atriz Isabel Fillardis - tem sido considerada diva do teatro brasileiro e altamente requisitada para os maiores espetáculos muscais cariocas. Ela encontrou na busca pela informação, o segredo para lidar com o fato de sua filha Yvina, ter nascido com deficiência auditiva. Diz que o preconceito por parte das pessoas é o mesmo que com aqueles que são gordinhos, usam óculos e aparelho de dente ou recebem apelidos. Mas, afirma: "ela se defende muito bem, não se deixa passar por coitada".

Tranquila ao falar, a atriz de timbre agudo que atualmente está em turnê integrando o elenco do espetáculo de Nelson Motta "Tim Maia - Vale Tudo, o Musical", dirigido por João Fonseca, abre um sorriso de contentamento ao dizer que a filha, hoje com 12 anos, superou os obstáculos e continua progredindo após conseguir, ainda na infância, a cirurgia de implante coclear, cohecido como "ouvido biônico". Com a generosa colaboração de Rodrigo Hallvys, as duas receberam a Revista Mais Alegria para uma conversa bastante informativa, e a menina também fez questão de falar de si e do quanto a cirurgia melhorou sua vida.

Revista Mais Alegria: Como você descobriu a limitação auditiva da Yvinia e qual foi a sua postura?
Lilian Valeska:
Na gravidez fiz um exame de sangue que acusou a presença do citomegalovírus (um vírus que 90% da população não sabe que tem ou se já teve). Em algumas situações, a pessoa se infecta com o vírus, mas logo ele deixa de existir no organismo da pessoa e ela acaba nem sabendo. No caso de gestantes, se o vírus atingir a placenta, pode causar surdez, cegueira, alguma deficiência mental, entre outras. As coisas foram acontecendo e a gente aprende com as informações que vão surgindo.
Pensei em fazer um outro exame para saber se a placenta havia sido atinida. Mas ao mesmo tempo, descobrir ou não, não me faria abrir mão da minha filha. Então, quando ela nasceu, foi feita uma sorologia e não acusou nada e, mesmo ela não ouvindo ou reproduzindo os sons nos primeiros meses, como as outras crianças faiam, nada era diagnosticado. Os profissionais só diziam que ela era saudável e que não havia nada demais. Então, quando descobri ela já não era recém-nascida. Quando ela fez um ano uma fonoaudiologa fez uma Audiometria de Campo Livre e sugeriu que fizéssemos o exame com a aparelhagem chamada de BERA (Que capta o som que chega ao cérebro). Procurei um profissional que só falava que ela tinha surdez absoluta, mas não esclarecia nada. Então, quando minha filha já estava com dois anos, conhecemos a doutora Leila Manhães (que acompanha a Yvina até hoje) e entramos na fila do Centro de Pesquisa Audiológica (CPA) em Bauru, SP. Logo que se descobre, não é fácil. Levei um tempo para aceitar. Dá um pouquinho de revolta. Mas procurei fazer o melhor por ela e foi um aprendizado para mim. Um dia ela me perguntou por que ela tinha que usar o aparelho e a coleguinha dela não. Expliquei que, do mesmo jeito que um amiguinho precisava usar óculos para ajudar na visão, ela precisava usar o "pa-pa-pa" (assim os profissionais da USP chamam o aparelho) para ajudar na audição. Daí ela entendeu. Buscar informação é sempre necessário. É o que nos auxilia. E vivenciando a gente vai aprendendo. Então, quando ela tinha três para quatro anos, foi feita a cirurgia do implante coclear.

Revista Mais Alegria: Como foi a cirurgia? E a adaptação?

Lílian Valeska: Foi através do CPA. No implante coclear eles colocam 24 eletrodos dentro da cabeça para fazer a acaptação e definição das frequências de grave, médio e agudo dos sonos. Tivemos que manter vários cuidados. Yvina era agitada e manter uma criança de três anos em repouso aboluto, com tantos eletrodos na cabeça, era difícil.
Aí começou a ansiedade, queríamos ter ideia do resultado. Ficávamos na expectativa para saber se ela estava nos escutando. E não e bem assim ela estava começando a assimilar os sonos, como se ainda fosse um bebê aprendendo o que está ouvndo. Esperamos um mês, que e o tempo de cicatrização e depois foi posta a parte externa do aparelho que se ligao ao chip interno por um imã, onde nós graduamos o volume. Era muito caro e conseguimos pelo SUS junto ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrio) da USP - Universidade de São Paulo. Logo que recebeu o aparelho, ela se assustava muito. Era um choque para ela. Passou três aos sem ouvir e de repente havia aquilo tudo de sons... E tinhamos que manter o aparelho para ela se adaptar. Depois de um seis meses do implante foi que ela começou a entender que o nome dela era Yvina, começou a falar algumas palavras e dentro de um ano ela já formava frases. Com dois anos do implante ela já estava com a fala normalizada.
Hoje, mesmo já acostumada com o aparelho, de vez em quado ela fica sem ele. Quando ela acorda e não quer ouvir nada naquela hora, fica fazendo leitura labial. Até de lado, quando estou dirigindo ela consegue ler.


Revista Mais Alegria: E depois do período de adaptação, tudo se resolveu? Como foi a alfabetização dela?
Lílian Valeska:
As coisas foram acontecendo. Quando ela tinha sete anos, eu estava em uma festa onde estava também o (ator, autor e diretor) Miguel Falabella, que me ouviu contando para uma amiga das novidades que surgiam para os deficientes auditivos e de um aparelho que a Yvina precisava. Ele veio até mim e disse que gostaria de dar o aparelho de presente para ela. E realmente fez isso. Não era um aparelho muito acessível financeiramente e ajudou muito a Yvina, até porque era um sem fio e não a incomodava. Ela adorou. Ela teve uma alfabetização ótima, super tranquila. Procurei coloca-la em uma escola menor para que ela tivesse uma possibilidade de atenção maior. Sempre foi muito bem com os estudos. Ela era um pouco brava, mas sempre procurando se virar muito bem com as próprias limmitações, venceu todas elas. Eu conversava muito nas escolas sobre a situação, para saberem que havia uma aluna com deficiência auditiva. Mas hoje ela conversa tãob em que há pessoas que até duvidam, acredita?

Revista Mais Alegria: Como é a menina Yvina?

Lílian Valeska: Ela gosta de festa, de internet, de conversar. Exercita bastante a oralidade. Chegou a fazer ginástica olímplica, que ela ama, mas precisamos parar porque colocava em risco o aparelho que ela usa. Adora ir ao shopping, até porque ela está com 12 anos, crescendo e se descobrindo. Por isso a levei a uma psicóloga, para um acompanhamento de questões sociais pela idade. Ela está no sétimo ano da escola. Como os professores escrevem menos no quando e falam mais, às vezes ela perde um pouco e aí tem que pedir para o professor repetir.

Revista Mais Alegria: Você fez a peça "Gota D'água" de Chico Buarque e Paulo Pontes), um clássico do teatro brasileiro e acabou contracenando com sua filha. Como foi isso?
Lílian Valeska:
Estavam precisando de crianças para o elenco. Sugeriram que ela fizesse um teste, eu deixei e ela passou. Ela interpretou um das filhas da personagem da Izabella Bicalho que fez a personagem principal, Joana. Yvina nos deu muito orgulho.


Revista Mais Alegria: E você Yvina, agora que ja tem 12 anos, pensa em alguma profissão?
Yvina:
Quero ser atriz, como minha mãe. Gosto de teatro e gostei de participar de uma peça.

Revista Mais Alegria: E na escola? Que matérias você gosta?

Yvina: Matemática e Ciências. Gosto muito de Artes também. Quando os professores vão falando e escrevem pouco no quadro eu acabo perdendo algumas coisas, quando não consigo ler os lábios deles ou não consigo ouvir. Mas eu me esforço e consigo notas boas.

Revista Mais Alegria: Seus amigos perguntam como é a surdez?
Yvina:
Perguntam sim. Eu explico como é e eles respeitam. Quando um não respeita é porque ele já tem mania de não respeitar outras pessoas também. Tem um lá na escola que sempre vai parar na sala da direção por causa de ficar implicando com todo mundo. O problema não é comigo, é com o jeito da outra pessoa.

Revista Mais Alegria: E como passar segurança para ela Lílian?
Lilian Valeska:
No fundo ninguém está preparado. Mas quanto mais informações, mais fácil de entendermos as situações e buscarmos recursos, caminhos e apoio para superarmos as limitações que surgem. Os pais devem buscar informações e dividi-las com a escola, por exemplo. Assm os profissionais vão se preparando. Temos que buscar o melhor para nossos filhos. Creio que a comunhão com Deus me fez buscar informações e ir aprendendo a lidar com a situação.
Da própria Yvina, naturalmente, há questionamentos. Uma vez ela me contou que uma colega disse que ela não conseguiria arrumar um namorado por ela ser surda. Eu disse que se o garoto tomasse essa atitude é porque ele não servia para ela, e que ela encontraria um outro que fosse legal. Quanto à familia, todos procuraram se adequar. Ela é uma menina comunicativa, nunca se retraiu por causa da situação dela. Sempre me policiei para não ser superprotetora. Talvez em algum momento, sem perceber já tenha feito isso. Mas sempre procurei fazê-la ser o mais independente possível.


imagem: http://www.implantecoclear.com.br